Esta semana estava lendo (novamente) sobre a situação caótica no trânsito que atinge a grande Florianópolis, especificamente a Ilha. O culpado? O trânsito! Feriadão chegando, verão aí, batendo à porta, moradores e turistas sofrem eternamente com os congestionamentos, que são bem maiores não apenas em determinada época do ano, mas em todas, atualmente.

Soluções? Bem, dentre as várias que já foram discutidas, veio à baila novamente a cobrança de pedágio na área urbana, no sentido de limitar o tráfego de carros e diminuir os congestionamentos. É... Discutível essa possível solução, uma vez que ainda atrai poucos entusiastas.
Em Florianópolis, acredito que esta medida ficará apenas no papel. Explico o porquê:

— Primeiro, se indivíduo qualquer, seja ele, um político, empresário, celebridade ou sei-lá-o-quê,  adotar esta ideia, será duramente criticado. Dirão que é “presepada”, não vai funcionar etc. e tal! Seria, como diz o ditado,: “dar um tiro no próprio pé” !

Aí, você pode me questionar: puxa, mas quanto pessimismo! Eu proponho, então: faça uma enquete! Em um determinado jornal da Região, de grande abrangência, diga-se de passagem, foram ouvidos especialistas e representantes de setores do turismo e da sociedade. Apenas, apenas, veja bem, UM (1) dos entrevistados acredita que a cobrança de pedágio urbano seja a melhor solução!!!

Exemplo temos! Londres cobra essa taxa desde 2003, oras!

Difícil é imaginar como seria o pedágio...Talvez uma cancela fixada nas pontes que ligam a ilha ao continente? Poderia ser. Que tal uma cobrança na entrada da Capital para todos os ônibus de turismo? Ahhh....isso não pode! Esta medida já foi considerada inconstitucional pela Justiça em 2005, lembram?

Mas acredito, humildemente, que não devemos tomar de exemplo este ou aquele país. Devemos, sim, ver o que nos afeta e extirpar o problema, ponto.

Recordo-me que em 2007, o consultor de transportes, Derek Turner, idealizador e responsável pela implementação do projeto de Londres, veio ao Brasil para tentar convencer políticos e “especialistas” de que a ideia seria a melhor solução. Bem, resumo da ópera: deu em nada. Não é interessante financeiramente para o “país”, leia-se: para o bolso de muita gente que ganha com esse trânsito caótico.
Enquanto não atentarmos para isso, esqueça! Filas, engarrafamentos, pressão alta, falta de paciência e educação, farão parte de um futuro já não tão distante. A não ser que sejam inventadas naves espaciais, como no desenho animado dos “Jetsons”. Ahhh...mas aí vai começar uma “ooouutra” história!